O PROBLEMA DO TEMPO (I. F. ASKIN)

Combatendo as concepções irracionalistas de Bergson e as concepções neopositivistas dos neokantianos, o filósofo soviético insiste resolutamente na defesa da objetividade do tempo, apresentando-o como uma forma de existência da matéria.

Por outro lado, combatendo a infiltração deformadora de algumas posições do “materialismo vulgar” em autores tido como marxistas, Askin assimila criadoramente à perspectiva do marxismo a contribuição trazida ao correto entendimento dialético do tempo por Albert Einstein e pela teoria da relatividade.

São dignas do maior interesse as ideias expostas nesse livro sobre a irreversibilidade do tempo, sobre a essência e a infinidade do tempo, sobre a eternidade, sobre a relação entre passado, presente e futuro.

O problema do tempo – tema do presente ensaio – é, sem dúvida, um dos problemas mais intensamente vividos pelos filósofos contemporâneos. Na medida em que a realidade do tempo destrói avassaladoramente os dogmas e agita as mentes e os corações na história que estamos fazendo, na medida em que o nosso modo de viver o tempo se altera, o tempo como categoria filosófica também exige repensamento e compreensão mais aprofundada. Sobretudo para os marxistas, que, pela perspectiva filosófica que adotam, não podem mais pensar a realidade em termos independentes da história, fazendo abstração da sua dimensão temporal.

ASKIN. I. F. O problema do tempo: sua interpretação filosófica. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra. 1969

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